sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Beto Albuquerque, um Líder, um Vencedor!


          Hoje utilizo esse espaço para homenagear o comandante Beto Albuquerque. Essa semana ele fez seu discurso de despedida da Câmara dos Deputados, pois no dia 31 de Janeiro de 2015 estará encerrando um ciclo de 24 anos de mandatos eletivos, dois mandatos como Deputado Estadual e quatro como Deputado Federal. Beto saiu direto da faculdade de direito para a Assembleia, tem uma história de vitórias e importantes serviços prestados a nossa sociedade.

         No dia 04 de Dezembro, ele recebeu o Prêmio Líderes e Vencedores, concedido pela Federasul e Assembleia Legislativa, pela segunda vez (A primeira foi em 2009). Na edição desta semana a Revista Época o colocou como uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil. No domingo, enquanto o acompanhava nas atividades da Semana de Mobilização Nacional Para a Doação de Medula Óssea, eu pensava em minha própria trajetória política, e o quanto eu fui privilegiado. Durante estes anos todos eu pude ter a honra de conviver com pessoas incríveis, pessoas que me proporcionaram um rico aprendizado, daqueles que nenhuma faculdade pode oferecer. Nesta lista está Leonel Brizola, com quem pude conviver por diversos anos, acompanhando nas campanhas eleitorais e nas atividades partidárias, tenho um acervo de milhares de fotos dele, e pude escutá-lo falar por incontáveis vezes, mas não foi só com ele que convivi na política, e aqui vou relacionar apenas aqueles que escolhi e me escolheram para compor suas equipes. Sim, pois muitos acham que fazer parte de um gabinete parlamentar, ou de uma equipe de governo é algo fácil, pois saibam que não é, existem alguns que equivalem a um vestibular dos mais disputados.

Na década de 90, quando acompanhava o saudoso Leonel Brizola em suas andanças pelo Rio Grande do Sul, pude registrar alguns encontros com Beto Albuquerque. Na época Brizola já chamava a atenção para o talento e a liderança dele
          Na política, assim como em qualquer espaço social, existem diferenças, inclusive na qualidade do político e do mandato. Em minha militância política pude trabalhar com Wilton Araújo (Vereador PDT), Carlos De Ré (O saudoso Minhoca, na FGTAS) Pedro Ruas (Vereador PDT e Secretário de Obras do Governo Olívio Dutra), Milton Zuanazzi (Secretário do Turismo do Governo Olívio Dutra), Juliana Brizola (Deputada Estadual do PDT), até chegar no Deputado Beto Albuquerque, primeiro na SEINFRA e depois no mandato de Deputado Federal do PSB. Lembro, como se fosse hoje, do dia em que recebi seu telefonema, quando tomou posse na Câmara, após um período como Secretário de Infraestrutura, dizendo: Serginho, quer vir para o mandato? Receber um convite destes é como ser convidado para jogar em um clube da elite, é como o jogador que recebe o convite para jogar na dupla Gre-Nal (poderia citar o Barcelona e tantos outros, mas preferi os grandes gaúchos), uma honra.

Essa foto é muito especial, pois é de um momento de grande
felicidade. Vivíamos a esperança, a motivação, o sonho.

Esse encontro, infelizmente, não poderemos repetir
          Nestes últimos dias tenho pensado nisto tudo, não só do dia em que me convidou para compor o seu “time”, mas todos os outros convites que recebi e os momentos que vivi com essas pessoas, e me senti um privilegiado.

          Essa é uma característica importante no comandante Beto Albuquerque, a sua capacidade de nos fazer sentir especiais - reside aí uma importante reflexão que todos devemos fazer, pois uma das formas de avaliarmos a “saúde” de uma relação, é pensarmos o quanto somos capazes de nos sentir felizes por ter esse alguém em nossas vidas - é assim que me sinto trabalhando com o Beto, me sinto orgulhoso de minha trajetória, me sinto feliz e valorizado em minha caminhada, pois ele, através de seu trabalho, da seriedade com que faz política, com a sensibilidade com que trata as causas que defende, e principalmente com a generosidade com que trata as pessoas e em especial as pessoas de sua equipe, faz uma enorme diferença. Não tê-lo no Congresso Nacional é uma grande perda, não fazer mais parte de sua equipe deixará um vazio. É sempre um orgulho dizer onde e com quem trabalho!

          Beto é dos políticos atentos às causas da sociedade, é sensível aos clamores públicos, e um verdadeiro vencedor. Nem a pior derrota de sua vida, que foi a perda do filho Pietro, com apenas 19 anos, foi capaz de derruba-lo, da sua dor nasceu um trabalho abnegado na busca por doadores de Medula Óssea e pela melhoria do atendimento no sistema de saúde.

           Vim trabalhar com o Deputado Beto em 2011 e sempre tive dele um tratamento especial,  não diferenciado, mas especial, educado, generoso, bem humorado, altivo, solidário, respeitoso, são apenas alguns dos “Betos” com quem convivi. Não tenho uma única passagem de desrespeito, de injustiça para relatar, algo que eu mesmo não me sinto capaz de fazer, pois minhas imperfeições fazem com que me indigne com frequência. Trabalhar com alguém e ter dele sempre um tratamento respeitoso foi um grande ensinamento.

Como não reconhecer e agradecer a quem sempre te respeitou, prestigiou e apoiou?
Quando olho nossa história juntos, vejo momentos especiais, boas recordações, companheirismo, solidariedade, e só posso me sentir um privilegiado por tê-lo como amigo, como líder, como "comandante"!

          Vivemos em uma sociedade que tem preconceito com o elogio, confunde reconhecimento com bajulação interesseira, o que considero uma verdadeira ignorância. Costumamos ser contundentes nas críticas e modestos nos elogios, como se reconhecer o valor de uma pessoa fosse feio ou impróprio. Sou extremamente crítico, e o legítimo “super sincero” a ponto de muita gente se ofender com minha franqueza, porém, tenho como filosofia de vida, valorizar muito mais as qualidades das pessoas do que seus defeitos, muito mais os seus feitos do que seus malfeitos, e jamais me imponho silêncio na hora de proferir um elogio ou manifestar meu respeito e admiração, posso até controlar uma crítica, mas jamais um elogio, pois se é merecido, não há porque reprimi-lo, e o cara com quem trabalhei nos últimos três anos, merece o meu grande reconhecimento, e todos os meus elogios, a ponto de acreditar que um único depoimento não é o suficiente para relatar tudo o que ele representa.

          Valeu Comandante! Tem sido uma grande honra estar ao teu lado, e essa experiência muito me dignificou. Obrigado pelas oportunidades, pelo reconhecimento, apoio e respeito que sempre me dispensou, e aos quais eu jamais poderei retribuir.


          Vida Longa, Feliz, e muito sucesso na nova caminhada!    

Essa foto da campanha de 2012 é uma das mais belas lembranças que guardarei desta caminhada!
Valeu Comandante Beto Albuquerque! Avante! 2018 é logo ali!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Esquerda eu?


Uma das coisas que aprendi com a maturidade é que, por pior que seja a situação, ela sempre nos proporciona um aprendizado. Essas eleições, que estão sendo uma das piores que já vi na minha vida, tamanha é a insanidade do debate, me fizeram descobrir que não sou uma pessoa de esquerda, acho inclusive que nunca fui, e tenho a impressão que não serei. Há poucos dias escrevi que era de esquerda, pois esqueçam, eu estava enganado!

Olhando o debate e a forma com que estão utilizando o termo “ser de esquerda” me faz desejar não ser nada. Percebi que é uma bobagem este estereótipo, e que a mim ele não faz nenhuma diferença. Não sinto a menor vontade de querer ser qualificado de nada, reconhecido por nenhuma denominação, quero apenas ser eu mesmo e viver conforme aquilo que acredito.


Rejeito qualquer denominação que me obrigue a fazer coisas que não quero e na qual não acredito, pois teria que fazer uma reprogramação no meu caráter que definitivamente me descaracterizaria. Não quero deixar de ser amigo de alguém porque ele é de direita e eu sou de esquerda, ou vice versa. Quero ser amigo de quem eu quiser independente de sua posição política, assim como não quero ser obrigado a ser amigo de alguém só porque é do mesmo campo político.

Quero olhar para uma ideia e gostar dela sem precisar pedir para fazer DNA para saber se ela foi pensada por alguém de direita ou de esquerda. Para mim, ideia boa é ideia boa, e não deixa de sê-la porque não é de minha autoria ou dos meus!

Quero poder considerar errado desviar o dinheiro público por quem quer que seja, independente se muito ou pouco, e para qual finalidade!

Quero poder dizer coisas legais e ruins, errar e acertar!

Quero poder perdoar, dar segunda, terceira, infinitas chances, ou nenhuma também! Assim como quero achar que ninguém é alguém com capacidade de achar que possa ser digno de conceder perdão.

Quero continuar amando o diferente, o “estranho”, o “fora de padrão” sem precisar concordar com suas escolhas. Não preciso ser igual para respeitar!

Quero ser aquilo que me faz feliz e me honra!

Quero ter e mudar de ideia quantas vezes eu quiser, e não precisar usar de meu tempo e das oportunidades que tenho, para satisfazer as necessidades “egóicas” de quem quer que seja.

Não quero ser obrigado a difamar, caluniar e destruir a reputação de alguém simplesmente porque não faz parte do meu grupo político. Sempre declarei que levo uma vida com o olhar na minha morte, pensando no que as pessoas dirão as minhas filhas sobre mim. Quero que quando alguém diga que é minha filha, ou neto, as pessoas digam que fui um cara de bem e contem porque vivi. Não consigo imaginar minhas filhas e meus netos verem alguém falando mentiras sobre mim, me chamando de tudo que é coisa, destruindo minha reputação nas redes sociais, sem ao menos me conhecerem, movidos pelo simples fato de eu não ser do mesmo “lado” deles.

Cansei de gente querendo me aprisionar, me enquadrar em modelos, em comportamentos! Que coisa mais chata!

Covardia? Não, coragem! Coragem de dizer NÃO a uma prática que reprovo; coragem para dizer NÃO a uma camisa de força que quer me aprisionar; coragem para dizer NÃO a um estereótipo que quer limitar meu bom senso, minha consciência e meu senso crítico.

E a esquerda? Sinceramente? Não faz nenhuma diferença em minha vida eu me autodenominar “de esquerda” ou ser denominado por alguém como tal, pois isso não faz de mim alguém melhor, nem pior do que ninguém. As pessoas chegam ao absurdo de considerar que ser “de esquerda” é uma qualidade, e tem outros que acham que ser “de direita” é que é uma qualidade. Nunca consegui entender o por que. Isso virou uma modinha que até o Collor, o Maluf, o Sarney e o Calheiros aderiram.  

Não, não sou de esquerda, não sou de direita, não sou de centro, simplesmente não sou nada! Fiquem vocês com seus selos, com seus rótulos, com suas plaquinhas, que fico com minha consciência!

Por fim, agradeço a intolerância de algumas pessoas, pois sem ela, não teria feito uma descoberta tão libertadora!


Sejamos todos Felizes!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Para ser de esquerda precisa ser PTista?

Amigos, nós que militamos na política, devemos satisfação aos nossos amigos, principalmente aqueles, que como eu, já concorreram a um cargo público, e mais ainda aqueles que ocupam cargos públicos, pois é comum e natural que nossos eleitores, amigos e familiares, nos tenham como referência e acompanhem nossas escolhas.

Por mais antiquado que possa ser a denominação, sou um militante de esquerda, e como tal, direciono minha prática política com o objetivo de construir uma sociedade mais equilibrada, com menos desigualdades sociais, com melhor qualidade de vida e com melhor distribuição de renda. Minhas escolhas políticas sempre levam esses fatores em consideração, e por este motivo que abracei, desde o início, a candidatura de Eduardo Campos, e depois a de Marina Silva, não só por representarem minha sigla partidária, mas por representarem um projeto que acredito.

Passadas as eleições é preciso respeitar o desejo do povo, manifestado de forma democrática através do voto e, portanto, aceitar que não fomos escolhidos para governar o Brasil.

Fiz algumas manifestações nas redes sociais e um amigo me cobrou coerência em relação ao PT, afirmando que eu estava “mudando de lado”, respondi a ele e agora esclareço a quem ainda tem dúvidas sobre o meu posicionamento.

Minha militância partidária começou no MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) na década de 80, depois fui para o PDT de onde sai em 2000 juntamente com um grupo de companheiros para apoiar Tarso Genro para a prefeitura de Porto Alegre. Em 2001, esse grupo, que incluía a Presidente Dilma, filiou-se ao PT e eu optei por deixar a militância partidária. Só voltei a me filiar em um partido político em 2011 optando pelo PSB, partido que milito até o presente momento.

Participei de três governos no Rio Grande do Sul: Collares e Olívio, pelo PDT e Tarso, pelo PSB. Sempre contribui neste campo e tive a oportunidade de ingressar no PT e não o fiz, pois, embora reconhecendo sua importância, nunca me vi militando no PT.

NUNCA fui PTista! SEMPRE fui crítico ao PT, por sua relação com as demais forças de esquerda do país, por se acharem a “bolachinha mais recheada” do pacote, sendo o parâmetro para denominar quem é de esquerda ou de direita, mais ou menos assim: Está com o PT, é de Esquerda! Não está com o PT, é de Direita! Com esse pensamento, tentam fazer o povo pensar que Sarney, Collor, Calheiros, Maluf, são de esquerda. No Maranhão, por exemplo, preferiram fortalecer a candidatura de Lobão Filho (PMDB) apoiado pela família Sarney e as oligarquias locais, contra a candidatura de Flavio Dino (PCdoB). Eu sempre fiquei muito indignado com essa postura, o que nunca me impediu de reconhecer os méritos do PT e confiar o meu voto a eles, a ponto de deixar um partido onde me sentia em casa, o PDT, para manter minhas convicções de “esquerda” e apoia-los. Ironicamente ontem escutei o Governador Tarso Genro elogiando o Collares, que era seu adversário em 2000 e foi o pivô de nossa saída do partido, dizendo que ele era a grande “referência” do PDT, tudo porque a executiva do PDT tirou o indicativo de apoiar Sartori, mesmo tendo participado do governo Tarso, e o único que o defendeu foi o Collares. Como esse mundo dá voltas!

Agora estamos novamente em uma encruzilhada. Nos últimos 20 anos, tivemos que escolher entre um candidato do PT e outro do PSDB, e minha esperança era que este ano fosse diferente. Eu sempre me posicionei a favor do PT nesta polarização, mesmo nas eleições em que o FHC derrotou o Lula. O meu partido, mesmo antes de eu ingressar nele, também esteve ao lado do PT em todas as eleições desde 1989.

Aí eu pergunto: Após ter vivenciado a experiência de ver o presidente do meu partido e candidato a presidência da república, Eduardo Campos, juntamente com outros companheiros, morrerem em uma tragédia que chocou todo o Brasil; Após o PSB ter construído uma história digna no campo da esquerda, colaborado com importantes lideranças para os avanços que alcançamos no país; Após termos estado a par e passo com o PT nestes anos todos, é correto o tratamento que o PT nos deu no primeiro turno? O PT tratou o PSB com o respeito que merecíamos por toda a nossa história?  A prática PTista foi condizente com os princípios democráticos que sempre pregamos? O PSB não tinha o direito de ter uma candidatura própria? A estratégia de desconstrução pessoal e política, através de calúnias, difamações e mentiras, foram condizentes com a ética republicana que defendemos?

O mais humilde dos cidadãos sabem que o PT não foi digno com o PSB, e que atacou o pessoal de todos nós, nos desqualificando, desqualificando nossos candidatos usando de práticas abomináveis e, portanto, ficamos impossibilitados moralmente de estarmos ao seu lado neste segundo turno. Se antes eu tinha a certeza absoluta, 100% de certeza, que em uma polarização entre Dilma e Aécio eu apoiaria e votaria em Dilma, hoje eu tenho certeza de que se apoiar Dilma me sentirei envergonhado perante minhas filhas. Isso quer dizer que apoiarei o Aécio? Não! Simplesmente não decidi que posição tomar no segundo turno. Meu partido irá se reunir para decidir como se posicionará, e depois, pensarei, com muita calma, qual será a minha posição pessoal. O certo é que, para mim, é muito difícil escolher, pois é “o sujo falando do mal lavado”.

O PT escolheu o adversário do segundo turno, quis Aécio, imaginando ser ele o mais fácil de superar no segundo turno, preferiu correr o risco de perder a eleição para um candidato mais conservador (No segundo turno os dois candidatos tem chances de vitória) do que permitir que uma candidata do campo de esquerda se viabilizasse. Preferiram fazer uma campanha de desconstrução da candidatura do PSB, livrando o candidato do PSDB possibilitando seus crescimento, e com ele todos os seus aliados, e agora querem dizer que nós estamos querendo entregar o Brasil na mão do PSDB. Não teria sido exatamente o PT que preferiu correr o risco de entregar o Brasil na mão do PSDB do que para o PSB?


Assim amigos, fica registrada minha posição. Não vejo NENHUMA legitimidade no PT e nos PTistas para determinarem quem é de esquerda ou de direita. Não após os governos que realizaram, e muito menos agora, após o PT terem ajudado na eleição de um dos congressos mais conservadores da história recente do país (Assunto que tratarei em uma postagem futura). 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A política é dinâmica? Vocês nem imaginam quanto!

Beto Albuquerque em um almoço com Brizola em 1998
Conheço o Comandante Beto Albuquerque desde quando ele foi para a Assembleia, era algo de vista, de quem acompanha política, estivemos próximos nas eleições de 1998 quando o Brizola foi vice de Lula e participamos do governo Olívio Dutra, ele pelo PSB como Secretário dos Transportes, eu como assessor de Pedro Ruas, Secretário de Obras, mas foi em 2004 em uma visita dele, como candidato a Prefeito de Porto Alegre, a Fundação Thiago Gonzaga que nos aproximamos de verdade. Juntamente com a Diza o recebi, e apresentamos a Fundação como fazíamos a todos os visitantes, e na época, ao sair ele disse: “Diza, ganhando ou perdendo a eleição eu voltarei aqui e você poderá contar comigo para esta causa, vou te ajudar!” Passadas as eleições, mesmo não obtendo êxito, ele se colocou a disposição do Vida Urgente e sempre que precisamos pudemos contar com ele, e a causa do trânsito seguro passou a estar presente nas suas bandeiras.

Essa experiência fez crescer em mim a admiração pelo Beto, por ser um homem de palavra, de visão, e dali em diante passou a ter meu voto e meu respeito. Em 2009 acompanhei de perto todo o drama da perda do Pietro para leucemia o que nos deixou ainda mais próximos. 

Quando visitou a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga em 2004 - Foto Paulino Menezes

Em 2011 quando decidi voltar a me filiar a um partido político, listei três possibilidades, tendo o PSB no topo da lista, pela afinidade ideológica com o partido e a admiração pelo Beto. Quando o procurei e expus minhas ideias, ele prontamente me disse: “Não procura mais ninguém, é aqui no PSB que você deve ficar, somos um partido pequeno, uma família, aqui você vai encontrar o que procura”!

Beto, mais uma vez, cumpriu sua palavra, acolheu-me no PSB, me apoiou, me proporcionou oportunidades de estar ao seu lado, tanto na Seinfra, como em sua equipe quando retomou o mandato de Deputado Federal. Após a eleição de 2012 quando fui candidato, não tendo alcançado êxito eleitoral, recebi dele o apoio, o incentivo, e no Sábado seguinte as eleições, me convidou para ir a Pelotas, que estava participando do segundo turno, e tivemos a oportunidade de passar o dia juntos onde me senti abraçado e apoiado. Beto sempre se colocou a disposição, disse que não deveria desistir, pois ele também perdeu a primeira eleição que concorreu e foi aquela derrota que o fez crescer e vencer as eleições que se seguiram.

Na Convenção do PSB em 2012 - Só Alegria

Me recolhi por um tempo, refleti muito, não aceitei convites de trabalho, embora precisasse, pois pessoas pobres como eu, precisam trabalhar para prover o seu sustento e de sua família. O tempo passou e Beto retomou seu mandato no final de 2012 e em seu primeiro dia na Câmara, recebi um telefonema seu com a seguinte pergunta: Serginho, quer vir para o mandato? Sim! Respondi sem titubear, pois era como se tivesse sido convocado para a seleção, uma honra para qualquer militante como eu. Compor a equipe de seu mandato era, para mim, alcançar um alto posto político.

De 2012 para cá, acompanhei várias mudanças, acompanhei  todo o processo da construção da candidatura de Eduardo Campos a Presidência da República, onde Beto se empenhou de corpo e alma se revezando entre seus compromissos como Deputado e as viagens pelo Brasil. Vê-lo em Porto Alegre se tornou algo raro. O acompanhei em todas as recepções que fez ao Eduardo aqui no sul, ele era motivadíssimo com a candidatura, utilizou de toda a sua habilidade política para construir um palanque para Eduardo aqui no Rio Grande do Sul. A vinda da Marina para o PSB teve sua colaboração, em tudo se dedicava com entusiasmo.


No Aniversário de comemoração dos seus 50 anos. 
Eu e minha família e abaixo com Eduardo campos

2014 têm sido um ano atípico para nós que compomos a equipe do Deputado Beto Albuquerque, pois desde o início sabíamos que eles estava disposto a qualquer sacrifício pessoal para viabilizar a candidatura de Eduardo e Marina, até não concorrer para poder se dedicar a campanha se fosse necessário. Candidato ele se dispunha a ser onde o partido precisasse, a Governador, Deputado, Senador, mas que Eduardo e a Marina teriam um palanque aqui no Rio Grande do Sul ele garantia. Imaginem como foi nosso ano até agora, nos organizamos para a candidatura a Deputado Federal, mapeamos todos municípios, organizamos as parcerias, depois nos organizamos e começamos a trabalhar para a campanha a Senador. Há exatamente uma semana atrás, uma terrível tragédia se abateu sobre nossas cabeças, algo completamente inesperado, e aqui estamos nós, confirmando a indicação do Comandante Beto Albuquerque para compor a chapa a Presidência da República como vice de Marina Silva. Nossa!

Me confesso assustado e motivado. Assustado, pois não esperávamos tudo que aconteceu, isso mexeu com o emocional de todos nós, dilacerou nossos corações. Também me preocupo com o que está por vir, pois por melhor que sejamos, nunca ficamos imunes a ataques covardes, a baixarias, e mesmo que saibamos que isso faz parte do submundo do jogo político, não gostamos de ver aqueles que gostamos sendo vítimas dessa parte suja da política. Me sentia incomodado com as agressões a Eduardo e Marina e não gostaria de ver o Beto ser alvo delas. Porém, entretanto, não sou de me acovardar, e como diria o saudoso Leonel Brizola: “Se um companheiro está precisando, não exito em por o peito n’água para ajudá-lo”.

Com Beto e Eduardo em 2013 - Essa foto tem valor inestimável para mim

Ao contrário do que muitos imaginam, fazer política requer sacrifício, requer doação, desprendimento, as pessoas que se favorecem com a política, que exploram a inocência do povo, que enganam, roubam, não fazem a boa política, eles contaminam a política! A lição de dedicação e desprendimento Beto sempre fez muito bem. O Papa Francisco disse aos jovens em 2013: “Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão!" Os cristãos não podem «fazer de Pilatos, lavar as mãos»: «Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum.»

Tenho muitos motivos para sentir honra e orgulho desta trajetória que percorri com o Comandante Beto Albuquerque! (Desde que vim para o PSB sempre o chamei assim, comandante, e também observei o estranhamento dos que escutavam esse tratamento, mas vir para o PSB foi um recomeço, um renascimento, e lembrava o início de minha militância na esquerda e a admiração pelo Comandante “Che”, pelo comandante “Brizola”, minhas referências, e demonstrava, através deste gesto que me colocava a serviço, a disposição, ao lado, de forma humilde, em prol de uma causa comum, e ao mesmo tempo que via nele a referência, o norte, o exemplo. O "Comandante Beto" é o nosso timoneiro!). Sei de seus ideais, objetivos, de como o mecânico se tornou em um dos políticos mais respeitados do Brasil, de como enfrentou a perda do filho Pietro com apenas 19 anos; Presenciei inúmeras demonstrações de solidariedade, afeto, generosidade e companheirismo comigo e com diversas pessoas. Beto Albuquerque será um excelente governante para o nosso país, ele saberá honrar o legado deixado por Eduardo Campos, e será um grande companheiro para Marina Silva. Beto fará a diferença, e isso me motiva de forma única!

Avante Comandante! Estou contigo nesta caminhada!

O Beto sempre esteve ali, junto de todos nós!


terça-feira, 22 de julho de 2014

Finalmente Férias!

Nossa! Há muito tempo não tinha esse sentimento, festejar o período de férias escolares. Realmente não temos como prever o que o destino nos reserva, o futuro é completamente imprevisível. No final de 2013, nem me passava pela cabeça frequentar uma faculdade, e agora estou aqui comemorando o final do semestre.
Trabalhar e estudar é desgastante, principalmente para um corpo sedentário como o meu, minha sorte é que minha mente não é tão sedentária quanto o corpo, senão teria sido muito mais difícil. Porém aprender é uma das coisas mais encantadoras da vida. Sinto que cresci que estou melhor.
Reencontrar Marx e conhecer Durkheim e Weber fizeram das aulas de Sociologia algo muito especial e revigorante para o meu idealismo. Confesso que até frequentar as aulas de Pré-história nunca havia feito nenhuma diferença se éramos descendentes do macaco ou de Adão e Eva, e conhecer melhor a teoria da evolução e da dispersão do homem em nosso planeta foi um aprendizado riquíssimo. As aulas de História Antiga mostraram a riqueza cultural dos povos da antiguidade, e que existem muitas coisas que não vem de hoje. Nas quartas-feiras esquecíamos-nos do tempo escutando as explicações do professor Fitz.

Minha Turma Legal! Sentirei saudade desta galera! Aprendi muito na convivência com eles e sei que não mais nos reuniremos como agora, que em alguma disciplina estaremos juntos, outras não, e quem sabe com alguns me encontrarei na formatura, mas o certo é que, independente de para onde o destino nos leve, ficarão registrados nas minhas melhores memórias e no meu coração.
Freud explica! Quantas vezes escutei essa frase? Saber mais sobre ele, sobre Erikson e Wallon e sobre o consciente e o inconsciente das pessoas me ajudaram a compreender muitas coisas sobre mim e sobre os meus semelhantes, proporcionando uma impressionante viagem em minha mente. E as aulas de didática? Os conceitos de “panóptico”, “corpos dóceis” de Michel Foucault, a Pedagogia do Oprimido, Medo e Ousadia, de Paulo Freire, a descoberta Janusz Korczak, e sua aula de como amar uma criança, e tanto autores, dentre eles o próprio professor, autor de Limites e Afetividade. Segunda-feira sempre foi um dia especial com a Psicologia e a Didática. Já na Sexta-feira a tarefa ficava para a disciplina de prática, onde a professora se desdobrava para nos mostrar a realidade da convivência na escola, a importância da organização, do planejamento, dos modelos educacionais.
Quanta coisa aprendi nas sete disciplinas do primeiro semestre. A Introdução aos Estudos Históricos me mostrou para além da “Escola dos Analles”, de Le Goff, e da “Escola metódica”, aprendi como relacionamento, empatia, motivação e compreensão com os alunos é fundamental, porém planejamento, boa escolha dos textos, boa elaboração de uma prova e boa didática também o são. Foi, por exemplo, a única disciplina em que não tirei nota máxima na avaliação do N2 (O sistema de avaliação é em três etapas que se somam durante o semestre, N1 e N2 valem 3 e a N3 é a avaliação final do semestre com valor de 4 totalizando 10 pontos). Procurei me dedicar igualmente em todas as disciplinas, fui o legítimo chato, sempre fazendo perguntas, opinando, e fiz isso de forma parelha, em todas as disciplinas, tanto que na N1 alcancei a nota máxima em 4 disciplinas, e na N2 em 6 das 7 disciplinas, Confesso que no final dei uma relaxada, tirei um pouco o pé do acelerador, mesmo assim consegui, com exceção desta disciplina, onde alcancei pouco mais que a média, um bom desempenho.
A Faculdade ensina para alem do conteúdo, e mesmo na disciplina onde não consegui o melhor desempenho, também tirei rico aprendizado, pois no caso de quem cursa licenciatura, aprendemos com o conteúdo e também com o comportamento, o gestual, com as práticas, e com a pessoa do professor. Através deles observamos como queremos ser, e aquilo que não queremos repetir, mas, não é só com o professor que se aprende, se aprende com os colegas, com a dinâmica de sala de aula, com os trabalhos em grupo, com as conversas durante os intervalos, com as brincadeiras. Desde o começo me encantei com a galera, com sua diversidade, com a riqueza de pensamentos e comportamentos, e talvez por não viver essa experiência há bastante tempo, foi especialmente rica e inesquecível para mim essa convivência.

Enfim, férias! Na bagagem um Serginho melhor!  

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Caso Xuxa: Quanta Incompreensão!

Confesso que ando confuso. As redes sociais me proporcionam um carrossel de emoções, pois através dela vejo o mundo. Vejo como as pessoas podem ser boas, generosas e solidárias, mas também posso ver como elas podem ser cruéis e abomináveis.

A quantidade de manifestações racistas e preconceituosas, de toda a ordem, que tenho visto nas redes sociais me deixam triste. Mesmo com o conhecimento que temos de tudo que foi feito em nome do preconceito, como o simbólico e inesquecível caso da Alemanha Nazista de Hitler, parece que não nos serviu de nada para repensarmos nossa forma de pensar e agir.


Ontem a Xuxa foi ofendida no congresso, tristemente por um deputado do meu partido, o Pastor Eurico que, se dependesse de mim, já haveria sido expulso do PSB por suas frequentes manifestações preconceituosas. Mas, o pior de tudo é que gestos como o dele, fazem se levantar da escuridão os sentimentos mais horrendos das pessoas.

Apareceram em minha linha de tempo uma série de manifestações contra a Xuxa concordando com o Pastor, tipo ela não tem legitimidade, ou moral para lutar contra a violência contra as crianças e contra pedofilia.

Convenhamos! Não tenho procuração da Xuxa, não estou entre seus baixinhos, e sequer tenho simpatia por ela. Porém dizer que ela não tem legitimidade, ou acreditar que podem ofendê-la por causa do fato de ter feito um filme, no passado, onde aparece “fazendo” sexo com um menino, é uma covardia.

A Xuxa assumiu publicamente ter sido abusada sexualmente na infância e adolescência e isso por certo, lhe traumatizou, como faz com todos que sofrem esse tipo de violência. Durante muitos anos sufocou isso dentro de si e, em um ato de extrema coragem, trouxe a público o seu drama no sentido de alertar a população. Na época já sofreu agressões por isso, e o filme que fez, foi usado para agredi-la. Vejam bem: A pessoa sofre uma violência horrível quando criança, é uma personalidade pública, vêm a público expressar isso no sentido de alertar sobre o problema e ao invés de ser apoiada é agredida?  Que país é esse?

Já havia publicado essa postagem quando o Amigo Juarez Júnior me sugeriu colocar esse vídeo. Atendido!

E o filme? Eu pergunto: E o filme? O filme é filme ou é realidade? A Xuxa abusou de alguma criança, ou fez um filme? Quer dizer que os atores que aparecem nos filmes matando crianças são assassinos de crianças? Ou que aparecem representando cenas de sexo são pedófilos? Acho que as pessoas estão confundindo ficção com realidade. Julgar se ela deveria ter feito aquele filme é uma coisa, isso tem a ver com as escolhas dela, inclusive ela mesmo deve  considerar um erro pois sua carreira tomou outro rumo e ele tem apenas servido para difama-la e agredi-la. Já vi artistas muito importantes, verdadeiros ídolos, fazendo cenas em filmes, novelas, seriados, que abomino, porém compreendo isso como arte. Não condeno de prisão o artista que matou pessoas a sangue frio em um filme, pois se fosse assim, todo o elenco do filme Tropa de Elite estaria preso.

Não consigo compreender a postura do Pastor Eurico, e muito menos das pessoas que estão difundindo agressões contra a Xuxa misturando a realidade triste que ela viveu, seus traumas, com o fato de ter feito um filme. Sinceramente não compreendo, a não ser que deixe de lado a racionalidade, e permita que o preconceito guie minhas opiniões.

“Apedrejar” Xuxa em praça pública (As Redes Sociais se prestam a isso) é um gesto de intolerância com a sua dor, a dor de uma mulher que, quando criança, sofreu uma violência que não compreendia, que não reconhecia, e isso lhe machucou, lhe afetou. Que bom que ela conseguiu construir uma carreira, ter uma família e mesmo após isso, vir a público alertar sobre algo que ocorre com milhões de crianças inocentes no mundo, essa é a questão que deve ser considerada relevante.


O Pastor Eurico não devia ter ofendido Xuxa, o Pastor Eurico não deveria ter sujado um ato que tinha o objetivo de avançar na defesa dos direitos das crianças com seu preconceito, o Pastor Eurico não deveria despertar, insuflar, incentivar a incompreensão, o Pastor Eurico deveria agir com decoro e respeitar os convidados da Câmara dos Deputados e não agredi-los com seu ódio. Ele sim merece nossa censura e nosso repúdio, mesmo assim não defendo seu “apedrejamento”.

Parabenizo o Deputado Beto Albuquerque, líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, que de forma ágil, substituiu o Pastor Eurico pelo deputado Júlio Delgado PSB/MG na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Reflitam!


terça-feira, 29 de abril de 2014

Na próxima eleição não esqueça de escolher seu Fake preferido

Esse texto é uma adaptação de um escrito há algum tempo, motivado por um comentário feito sobre o caso que envolveu a troca de Tweets entre o deputado Beto Albuquerque e o personagem Dilma Bolada, e também uma continuação de outras opiniões semelhantes que já expressei.

O cara fazia uma cobrança tipo: “Onde está a assessoria que o deixou fazer isso?” Essa declaração revelou um comportamento muito comum, inclusive uma expectativa, que as pessoas têm em relação aos políticos e as “personalidades” em geral. Hoje, tudo é friamente calculado: O que dizem, como se vestem, cada passo, cada movimento é analisado e orientado por uma “assessoria”, por um “marqueteiro”, as propostas são baseadas em pesquisas e o que dizer e o que não dizer é previamente acertado com a “assessoria”, aí quando o cara diz alguma coisa que ele pensa, as pessoas ficam horrorizadas.

Eu sou do tempo que as pessoas diziam o que pensavam, principalmente na política, pois tive a honra de conhecer e conviver com Leonel Brizola. O “velho Briza” dispensava todas essas firulas, o negócio dele era soltar o verbo, mandando porrada no sistema, na Rede Globo e em tudo aquilo que ele considerava errado, tanto que em breve estará sendo publicado um livro com suas frases polêmicas. Os programas do PDT abriam com uma bandeira do Brasil que transitava para a do PDT e surgia ele mandando bala. Brizola tinha o dom da palavra.

Este vídeo é das Eleições de 1994 quando Brizola concorreu a Presidente da República, tendo Darcy Ribeiro como vice. Duas grande figuras da política brasileira. Participei ativamente desta campanha e me orgulho muito disto. Veja como era o seu programa e o que ele dizia.

Quando rolou o “barraco” entre o Deputado Beto e a Dilma Bolada, eu avaliei como positivo, pois passado o susto, tive a certeza que trabalhava com um político de carne e osso, que desce do salto, que não tem medo de se expor e dizer o que pensa. Estou farto de “marionetes de marqueteiros”! Estou cansado de políticos “Fake” fabricados nas pranchetas de publicitários! Gente que não entende nada de política, mas que diz o que o povo quer ouvir, friamente orientados pelos profissionais da publicidade. Já publiquei aqui os milhões gastos com esses profissionais e não me admira que as campanhas custem verdadeiras fortunas e que sejamos facilmente ludibriados por esses “políticos Fakes”.

Na semana que passou assisti um quadro na TV que fazia uma paródia dos programas eleitorais e achei excelente, muito bom mesmo! Descobri hoje, que ele pode ser uma “cópia” ou “expirado” em um vídeo feito aqui no sul, estrelado por meus queridos amigos Eduardo Mendonça e Thiago Prade. Porém, o que importa é que eles retratam um padrão de comportamento, um modelo, que por incrível que pareça, é vendido a preço de ouro para os políticos como algo criativo e inovador, e todos os anos vemos “variações do mesmo tema” se revezarem nos programas eleitorais.


Este ano, após a copa, começa o processo eleitoral, e você está preparado para escolher o seu Fake nas próximas eleições? 

Esse é o vídeo com a brilhante interpretação dos talentosos Eduardo Mendonça e Thiago Prade

Aqui o Atalho para o vídeo do TV na TV