sábado, 13 de outubro de 2012

"SE EU NÃO SERVIR DE EXEMPLO, QUE EU SIRVA DE LIÇÃO"



Depois de três meses de campanha, devo confessar, sem hipocrisia e cinismo, que estou cansado da ignorância das pessoas, e não falo das pessoas com pouco esclarecimento e sim daquelas, que possuem discernimento para uma série de coisas e são totalmente alienadas politicamente.

Quanta gente inteligente, diz que anda muito ocupada para falar de política, que precisa trabalhar e estudar e que a vida está corrida e que precisa cuidar da sua vida, pois afinal: “Se eu não cuidar de mim, quem vai cuidar?” Pois é, e eu pergunto: Se todo mundo cuidar só de si, quem cuida de nós e do que é nosso?

Se as pessoas parassem por algumas horinhas, ou uns minutos, pois para muitos não precisa mais do que minutos, para refletir, veriam que vivemos em uma sociedade onde trabalhamos que nem condenados, para ganhar um salário que mal dá para pagar as contas, nos afastamos da família, dos prazeres da vida e sequer temos tempo para pensar que tudo isso acontece por causa de nossa alienação política.

Sim, pois é a nossa alienação política que gera os problemas sociais que temos e que faz com que não consigamos viver com o mínimo de dignidade.

Pesquisas mostram que as famílias brasileiras comprometem boa parte de seus vencimentos com saúde e educação. Opa! Espera aí! Como assim? Pois é, gastamos o dinheiro que suamos para ganhar pagando escola particular para nossos filhos, porque a escola pública está sucateada, pagamos planos de saúde caríssimos, porque a saúde pública não nos atende como necessitamos, e gastamos com vigilância privada, cercas, circuito fechado, porque não temos segurança.

Então veja: Trabalhamos um monte para pagar aquilo que teríamos de receber de graça, pois já pagamos por isso, recolhendo imposto.

Você já imaginou quanto economizaria por mês se não necessitássemos pagar por plano de saúde, escola privada e segurança?

Pois então fica Assim: Trabalhamos muito - Parte do que produzimos é recolhido em impostos para o governo utilizar em serviços como saúde, segurança e educação pública - Políticos, eleitos por nós mesmos, que estamos muito ocupados, administram mal o dinheiro dos impostos e o patrimônio público, que é de todos nós - Ai nós, que estamos muito ocupados, temos que usar boa parte do que sobrou do dinheiro gerado pelo nosso trabalho, para pagar por aquilo, que já pagamos, e que não recebemos, por causa dos políticos ruins, eleitos por nós, que estamos muito ocupados, trabalhando mais e mais, para poder pagar duas vezes por aquilo que não temos – Enquanto isso, os políticos que administram mal aquilo que é nosso, continuam administrando mal, porque nós estamos muito ocupados para fiscalizar aquilo que eles estão fazendo, e como não fiscalizamos, quando temos que escolher os políticos para administrar aquilo que é nosso, estamos muito ocupados para escolher, e cansados de tanto trabalhar que acabamos deixando eles lá mesmo, pois estamos muito ocupados para encontrar outro para botar no lugar deles – Enquanto isso eles continuam lá, fazendo nós estarmos muito ocupados, cuidando de nossas próprias vidas e do pagamento das nossas contas, para dar dinheiro para eles ficarem cuidando mal daquilo que é nosso, enquanto nós estamos muito ocupados trabalhando para eles.

E ainda tem gente se achando inteligente e batendo no peito dizendo que não gosta de política. Ingênuos!

Observação: Esse artigo foi escrito no dia 28 de Setembro de 2012, dias antes das eleições. ele, como outros, faz parte de alguns textos que deixei de publicar, porém não gostaria de perder a reflexão nele contida, por isso resolvi publica-lo antes do Epílogo, texto final que encerrar os registros sobre a minha candidatura a vereador de Porto Alegre.   

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

VALIDE SEU VOTO NULO!




“...Um dia me disseram quem eram os donos da situação, sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão...”

Queria me dirigir àquelas pessoas que, na hora de votar, optam pelo voto nulo.  Durante a campanha escuto muitos relatos da decepção e vejo manifestações pelo voto nulo nas redes sociais.

Infelizmente, muitas pessoas se decepcionaram com a política e como forma de protestar, e demonstrar seu descontentamento, votam nulo, branco ou escolhem um candidato bizarro.

Pena que essa forma de protesto só favoreça os espertalhões da política, pois votando nulo e branco, o quociente eleitoral fica mais baixo (Esses votos não contam para o cálculo do quociente), e facilita a conquista de uma vaga. Votando em um candidato bizarro, elegem outros na carona, por isso, alguns partidos incentivam essas candidaturas para alavancar a votação da legenda.

Assim, acaba que na intenção de protestar, o eleitor favorece àqueles a quem eles querem atingir, que são os maus políticos, os corruptos e os mentirosos. O pior de tudo isso é que, muitas dessas pessoas, teriam capacidade para escolher um bom candidato e aí sim protestarem, substituindo os maus políticos, por políticos melhores do que eles. Não existe melhor castigo do que derrotar os corruptos e mentirosos nas urnas. Submetê-los a assistir a vitória de um candidato melhor é o maior protesto.

Valide seu voto nulo! Proteste varrendo os maus políticos do poder! 



... Quem ocupa o trono tem culpa, Quem oculta o crime também, Quem duvida da vida tem culpa, Quem evita a dúvida também tem... 

(Trecho de “Somos quem podemos ser” dos Engenheiros do Hawaii)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Propaganda irregular desequilibra o processo eleitoral


Como candidato, sinto-me constrangido em criticar outro candidato, pois parece que estou querendo utilizar de um expediente para tentar me favorecer, desqualificando o outro. Minha história demonstra que não penso assim e que jamais seria leviano com um companheiro, adversário ou oponente. Entendo que as disputas sempre têm de ser no campo das ideias; essa é a grande riqueza da democracia. Porém,  quem me conhece sabe que não sou omisso e não me acovardo diante de forças que possam, à primeira vista, parecerem maiores e mais fortes do que eu.

Nossa cidade está repleta de propaganda irregular, que ferem a legislação vigente e que acabam por favorecer um candidato em relação ao outro. Optei por fazer uma campanha limpa, sem sujar a cidade e, principalmente, respeitando o que diz a legislação a respeito, e tenho transmitido isso a meus apoiadores. Entretanto, tenho sofrido muitas pressões e, por isso, resolvi publicar este post para esclarecer minha posição e dividir mais uma experiência de campanha.

Um apoiador me procurou, muito feliz por sinal, dizendo que havia conseguido autorização para colocar faixas e pintar o muro de uma lavagem de carros em uma avenida movimentada da Cidade. Ele estava radiante com a conquista e ficou revoltado com minha resposta. Disse-lhe:  “Tchê! Não podemos colocar placas e nenhum material em estabelecimentos comerciais de nenhuma espécie; todos os cursos e palestras dos quais participei reforçavam bem isso. Não se pode colocar em nenhum local que dependa de autorização pública para funcionar. Não podem igrejas, cinemas, lojas, clubes, centros comerciais etc. 

“Mas está cheio de propaganda nestes lugares”, retrucou ele. “Sim”, respondi, “mas não é porque os outros estão fazendo que devemos fazer. Demonstramos como será nossa postura já agora, conforme nossa conduta na campanha”.

Imaginem a frustração dele?! Pois é! Acontece que, dias depois, mais precisamente essa semana, ele me mostra a placa que está na foto abaixo, colocada estrategicamente na Esquina Democrática, na parede de uma academia, completamente irregular, pela qual emendou: “Viu? Tá todo mundo fazendo, e esse cara é vereador, foi secretário e sabe das coisas. Acho que tu tá errado, está marcando bobeira e vai se dar mal por isso.”

Sabe que até fiquei em dúvida, então resolvi ler novamente a legislação e liguei para o Ministério Público, que confirmou a regra e me disse que essa propaganda realmente está irregular, sem sombra nenhuma de dúvida. E foi por isso que resolvi escrever esse post.


Propaganda irregular colocada na fachada de uma estabelecimento comercial na Esquina Democrática. 
O nome do estabelecimento e do candidato estão ocultos, pois não trata-se de uma questão pessoal, e sim, um símbolo dos diversos expedientes utilizados para burlar a legislação.
Realmente, quando um candidato burla a legislação, ele acaba se favorecendo, como o candidato desta placa e tantos outros que pintam os muros sem autorização, que colocam placas e material em locais proibidos. Eles acabam favorecidos pela visibilidade que conquistam, e as pessoas olham e dizem: “Pô, aquele cara está forte! Vai ganhar!”. Aqueles que optam for fazer o correto ficam escondidos e passam a impressão de que são fracos, que não têm chances!


Mal sabem as pessoas que essa visibilidade está sendo conseguida de forma desonesta, pois burla a legislação e desequilibra a disputa. É como um time que entra em campo com alguns jogadores a mais e, enquanto o juiz não percebe isso, ele vai tirando vantagem no jogo.

É esse tipo de político que você quer ver cuidando da sua cidade? É esse tipo de político que você quer ver fazendo leis para você cumprir, leis que eles mesmos descumprem?

Reflita sobre isso!

Creio que serei eleito vereador de Porto Alegre, porque tenho uma história e companheiros leais e aguerridos que estão ao meu lado. Temos debatido diariamente sobre a forma de fazer política. Não sou um candidato despolitizado, que caiu de paraquedas no processo eleitoral. Conheço esse jogo e suas artimanhas e repudio essa prática.

Ocultei o nome do candidato, pois não é uma questão pessoal. Nada tenho contra ele, a não ser o fato de querer, de forma “irregular e espertinha”, ter uma vantagem em relação aos outros. Acho que os vereadores que são candidatos à reeleição já estão bastante favorecidos no processo eleitoral - têm salários, gabinetes e estrutura de campanha pagas com nosso dinheiro, não precisam destes expedientes para levar mais vantagens.


A luta, aguerridos companheiros! Avante 300! 


Propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens de uso comum (postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos; cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada; árvores e jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios) não são permitidos.

Se souber de alguma irregularidade nas eleições, o que devo fazer?

Entre em contato com a Procuradoria Regional Eleitoral
Fone:  (51) 3216 2172  Fax: (51) 3286 3101 Site, link Denuncie

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

NÃO VENDA O SEU VOTO!



Já participei de muitas campanhas eleitorais, porém nenhuma como candidato, essa é a primeira vez. Está sendo um rico aprendizado, pois, “Aquilo que não me mata, me fortalece”.

Nos orgulhamos de viver em um “estado politizado” e na cidade “mais politizada” do país. Será?

Imaginamos que aqui as pessoas votam conforme suas consciências e pensando no que é melhor para todos. Será?

Imaginamos que nosso povo valoriza seu voto e não troca por uma promessa que não será cumprida, por um emprego que não será dado, por um muro pintado, uma rua cheia de painéis ou por alguns trocados. Será?

Se fosse assim não ouviríamos histórias como essa que ouvi:

Um apoiador de minha candidatura visitou seu irmão, por coincidência, morador do mesmo condomínio que eu, e lhe falou sobre a candidatura, pediu o seu apoio, de sua esposa e de todos mais que conseguisse, falou por horas da importância, e saiu de lá convicto de ter conquistados alguns apoiadores para nossa causa.

Alguns dias depois ligou para o irmão para ver como estava, e para saber se havia conseguido mais apoios, quando ouviu a seguinte história:

- Mano, não tive coragem de te dizer aquele dia, mas eu transferi o meu título para Cidreira, pois um candidato prometeu que daria um terreno para minha sogra, então todos nós transferimos nossos títulos para lá. Não sei o partido e nem o nome do candidato, só sei que virá uma van buscar todo mundo no domingo, dia 7 de outubro, e todos vão votar neste candidato.

Imaginem a situação e a decepção de meu amigo! Mas a história que já mereceria certa dramaticidade ganhou maior importância quando esse meu amigo relatou que um primo deles já havia passado por isso e que, há alguns anos atrás, no município de Palmares do Sul, ele fez a mesma coisa e depois da eleição, para pagar sua promessa, o político lhe ofertou um terreno no meio do nada. Ou seja, já caíram nesse conto uma vez, e lá vão eles novamente.




Fiquei pensando se deveria ficar mais indignado com o candidato, ou com as pessoas que se submetem a uma fraude, sim, pois é fraude transferir o título para um lugar onde não se mora apenas para ir votar em um candidato que comprou seu voto.

Essa é apenas uma das histórias que presenciei e elas demonstram bem como existem candidatos que usam de práticas desonestas e ilegais para conquistarem o voto, mas também como existem pessoas que diante da televisão reclamam das coisas, principalmente dos políticos, mas na primeira oportunidade que têm, trocam seu voto, se deixam corromper por quase nada.

Se você pensar que para se eleger o candidato precisa de algumas centenas, e até milhares de votos, e que dinheiro não dá em árvores, quanto gastará um candidato que promete terreno para todo mundo? Quanto gastará quem compra muros, paga todo mundo, distribui dinheiro e benefícios? De onde vem tanto dinheiro?

Aquele que compra teu voto estabelece uma relação de “negócio” contigo, você dá o seu voto e ele te paga, a relação se encerra no momento em que as duas partes cumpriram seu acordo, uma quando paga e a outra quando entrega seu voto. O que esperar dele após a eleição? Que direito você acha que têm de cobrar ética, moral e compromisso de quem pagou para você votar nele?

Pense bem nisso antes de votar!



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Em Defesa da Democracia no Facebook


Caros Amigos!

Tenho visto algumas manifestações no Facebook contra a Propaganda Eleitoral. Confesso que previa isso e, como candidato (Concorro a vereador em Porto Alegre pelo PSB), realizei várias conversas com os apoiadores sobre isso, criei uma Fan Page e um grupo fechado com meus apoiadores onde compartilho minhas mensagens e imagens. Não coloquei nenhuma imagem minha no Face logo de início para analisar melhor essa situação, pois procuro ser justo e não gosto de incomodar as pessoas, principalmente àquelas por quem tenho apreço.

Porém, após alguns dias de reflexão, e quem me conhece sabe que não sou de ficar em cima do muro, ou dar o discurso fácil para agradar a todos, resolvi me posicionar sobre o assunto:

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Voltaire

Acredito que tudo que é excessivo, até remédio, faz mal, porém não considero justo censurar ás pessoas e os candidatos. Você já leu os Termos de Uso do Face? Já Leu os princípios do facebook (http://www.facebook.com/principles.php)? O Facebook nasceu baseado no princípio da Liberdade e é uma forma democrática de relacionamento.

Reproduzo aqui o Princípio Numero 1: Liberdade para compartilhar e se conectar - As pessoas devem ter a liberdade de compartilhar as informações que desejarem, de qualquer maneira e em qualquer formato, e têm o direito de se conectar a qualquer um - qualquer pessoa, organização ou serviço - desde que ambos estejam de acordo com a conexão.

Acho que essa é uma das maiores riquezas do Face, a Liberdade, e entendo isso desde que fiz o meu perfil, primeiro optei em só aceitar convites de pessoas que conheço, não fiz como muitos que possuem diversos perfis lotados e aceitam todos que lhe acessam, também procuro não postar comentários sobre futebol e religião, nem imagens de animais mortos, violência ou toda a ordem de compartilhamentos, na verdade pouco uso o compartilhamento. Isso quer dizer que estou certo? 
Os outros estão errados?
Não! Cada um utiliza o seu face como acha melhor, ele é seu e cada um constrói sua rede com as pessoas que quiser e compartilha aquilo que quiser. Quando estou incomodado com alguém ou algo, eu excluo o perfil, bloqueio ou aciono alguns dos diversos comandos que permitem restringir as postagens, as visualizações e etc.

Por isso não concordo com aqueles que tentam censurar ou constranger os outros por causa do conteúdo que estão postando (Devemos censurar pedofilia, racismo e violência). Eu mesmo não ameacei nenhum dos meu amigos que postaram imagens contra a política na internet, não comentei e não reprimi, simplesmente respeitei. Acredito que qualquer tentativa de censura de conteúdos de um usuário pelo outro, me parece descabido, pois o usuário tenta impor ao outro um padrão e uma forma que ele acha correta, se auto declarando o “dono” do Facebook.

Acho que o usuário pode sim, e deve, se proteger de conteúdos e de pessoas que ferem seus princípios e o agridem, e para isso existem vários comandos que lhe permitem essa proteção.
Então, pelo direito a liberdade, defendo o direito das pessoas fazerem campanha contra campanha política no Facebook, e também o meu direito de fazer campanha política no Facebook. 

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam"
Platão

Essa frase foi elabora a mais de 2000 anos e trás uma grande verdade. Dentro do princípio da liberdade, as pessoas têm direito de não gostarem de política, mas têm de respeitar quem gosta, e mais, serão governados por eles.

Tenho defendido a maior participação das pessoas na política, pois para mim, ela quase sempre foi uma coisa boa, pois desde adolescente sempre me preocupei com o mundo a minha volta, e procurei sempre me unir aos que também se preocupavam para tentar melhorar as coisas.

A vida privada é interesse de cada um, ganhar dinheiro, ter mais ou menos luxo, se dedicar a profissão e a família, mas, fazendo política a gente tem de pensar no todo, e sempre me senti um cidadão melhor fazendo algo por meu semelhante, e não é fazendo caridade ou doação para instituições, algo que respeito, mas minha forma de ajudar é melhorar a vida das pessoas, para que elas não tenham que depender da caridade alheia, é construir uma sociedade mais justa e menos desigual.

Nunca fui um alienado, poderia ser equivocado, mas não omisso, e por estar incentivando as pessoas a participarem mais da política, não posso agora me omitir, deixando de manifestar que não concordo com a tentativa de censura no facebook, mesmo que isso me custe alguns apoios. Pois é bom que as pessoas saibam como penso e não se enganem. Não represento um papel para conquistar o voto, não vou deixar de defender algo que acho correto por medo de perder apoio, ou voto, pois se fizer isso agora, que tipo de vereador serei?

Um vereador que tem medo de defender suas ideias, princípios e seus valores?

Não! Sou uma pessoa democrática e flexível aos bons argumentos, mas jamais alguém consegue algo comigo, com ameaças e com imposições descabidas, sou um homem do diálogo, não estou à venda e não faço qualquer negócio para conseguir um apoio.

Desculpe aqueles que tentaram me pedir para não entrar em polêmicas, pois isso pode trazer prejuízos eleitorais. Sei que hoje minha candidatura envolve uma série de pessoas que acreditam nesse projeto e que resolveram superar seus próprios preconceitos com a política, e se engajaram nesta caminhada, porem não serei verdadeiro com vocês se me acovardar perante essa tentativa de censura.

Lutei muito pela democracia neste país, e tomei muita porrada da polícia por defender os interesses dos estudantes e de coisas que acreditava, para agora, adulto, pai e avô, me calar a ameaças feitas por imagens na internet. É fácil postar figurinhas na internet, se esconder atrás de um monitor. Difícil é enfrentar os problemas de nossa sociedade, procurar as soluções, se dispor a ajudar, se engajar. É fácil reclamar em frente ao computador e a televisão. Estes dias ouvi uma frase legal: “Seja a mudança que você quer ver”.

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”
 Sócrates

Eu quero ser digno da amizade das pessoas que denomino amigos, e para isso tenho de ser verdadeiro, por isso solicito aos que estão incomodados com a campanha eleitoral, e que acharem que a forma de se livrarem da propaganda política, é deixarem de ser meus amigos, me excluam do seu facebook, pois se nossa amizade for verdadeira não será isso que nos afastará, não será a diferença de opinião que destruirá os sentimentos que construímos. 

Com todos os meus amigos, tenho uma história que nos aproxima e nos irmana, até por isso os considero amigos, pois “A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz (George Eliot)” .
Daqui até a eleição, são apenas 3 meses, e não serão alguns meses de afastamento virtual que haverá de destruir uma amizade construída por nós com o consentimento de Deus, pois meus amigos são presentes dele para mim e como diz um provérbio popular Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade”.

Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse"
(Friedrich Nietzsche)

Assim, queridos amigos, saibam que respeito mesmo suas manifestações, e os mais próximos sabem que cheguei a debater exaustivamente esse assunto, inclusive com pessoas especializadas e empresas, onde defendi a tese de que a propaganda eleitoral nas redes sociais poderia ser um tiro pela culatra. Várias pessoas poderão confirmar essa minha opinião, e se forem ver, posto muito pouco sobre isso, porém não posso me omitir.
Vi alguns políticos fazendo o discurso para torcida, e respeito, porem não é o meu caso, pois sou um cidadão antes de político, tenho meu direito a livre expressão, e não me envergonho de ser quem sou, não me envergonho de ser candidato, nem do meu partido, muito menos da minha história, pois se sou imperfeito, quem não é?

Quem é bom o suficiente para determinar quem é bom ou ruim, ou quem é do bem e do mal?

Não concordo quando dizem que todas as pessoas que fazem política são ruins, que são desonestos, pois conheço pessoas ocupando funções políticas que são boas, dedicadas e trabalhadoras, e conheço muitos profissionais de outras áreas, que fariam vergonha ao pior dos políticos.

A internet é uma forma democrática e gratuita de alguns candidatos, que não possuem grandes quantidades de dinheiro, assim como eu, divulgarem suas ideias e suas propostas, calar a nossa voz é favorecer aqueles que já estão no poder, que tem estrutura, ou que têm muito dinheiro para encher as ruas de placas, comprar votos, inaugurar comitês.

A censura na internet só favorece aos que estão no poder e que tem apoios de corporações, eu, assim como muitos outros, temos nossa história, nossos amigos, e uma rede social gratuita que nos auxilia a transmitir nossas ideais. Todas as ferramentas que uso, blogs, face, são gratuitos, e tentar impedir que usemos essa ferramenta é favorecer ainda mais, quem já está bastante favorecido nesta eleição. O engraçado é que para protestar acabamos por favorecer exatamente as pessoas e práticas que abominamos e que desprezamos.

Assim como compreendo as manifestações de todos, espero que compreendam a minha e desejo que possamos, com este debate, aperfeiçoar a nossa democracia, exercita-la e aprender com isso.

Grande Abraço a Todos!

"Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas ruins encontrarão um modo de contornar as leis."
Platão


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Memórias e reflexões de uma caminhada à Câmara de Vereadores de Porto Alegre



Queridos Amigos

Resolvi concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. É uma missão que me impus e um desafio também. A história é longa e, portanto, precisaria de vários capítulos para poder contá-la.

Desde o dia 11 de Abril eu não posto nada aqui, pois estava pensando como faria para melhor utilizar esse espaço que criei para dividir, com o mundo, minhas experiências, sonhos e reflexões. Sempre quis que este blog fosse útil para mim e também para as pessoas que, por qualquer motivo o leem. Como estou vivendo algo novo em minha vida, precisava também refletir sobre essa ferramenta, pois quem me conhece sabe que sou um pouco sentimental, e algumas coisas criam simbologia e importância para mim.

Esse blog têm sido importante nestes últimos anos, pois é uma forma de falar comigo mesmo, desabafar, refletir e de compartilhar, não gostaria de interrompê-lo, porém não posso deixar de dividir aqui o meu momento. Era como se apagasse essa etapa da minha vida, etapa que considero uma das mais importantes, portanto, resolvi utilizá-lo como uma espécie de diário de uma caminhada.

Não vou utilizá-lo para fazer a propaganda eleitoral, mas sim para dividir essa experiência como candidato, minhas inconformidades, novidades, questionamentos, histórias interessantes, depoimentos, sei lá, quero dividir com as pessoas esse período, meus medos, certezas, fortalezas e fraquezas, assim quem sabe eu possa saber por que perdi ou ganhei e também que sirva de reflexão e aprendizado para aqueles que lerem. Como diria o Rei Roberto Carlos: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.”

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Brasileiro que vota não foge à luta!


Esse é o título da campanha do TSE incentivando o voto aos 16 Anos. Essa semana fui com minha filha caçula, Renata, fazer o seu Título Eleitoral, ela irá completar 16 anos no dia 30 de julho, e confesso que foi um momento emocionante, pois, como líder estudantil, na década de 80, lutei por essa conquista e, para mim, é uma felicidade saber que minhas três filhas, que sempre me acompanharam nos meus votos, quando eram crianças, este ano irão as urnas exercer o seu direito, conquistado com muita luta, por uma geração de jovens que cresceu em um período em que nosso país vivia sob a regência de uma ditadura militar, e na qual não nos era concedido o direito a opinião, a não ser que a mesma fosse de apoio ao regime.

Mandam no teu destino. Mas ele é teu, meu irmão. 
Ergue teus braços finos e acaba com a exploração.
Faz tua revolução!  
O voto é tua única arma. Põe teu voto na mão. 
*O VOTO E O PÃO (Alceu Collares)
A Renata poderá exercer seu direito este ano e desejo que ela tenha sabedoria e coragem para escolher a quem confiar seu voto. Espero também que àquele que receber o voto, saiba honrá-lo. Votar é importante, pois só adquirimos a experiência necessária, para acertar, ou errar menos, exercitando, desde cedo.

Não há nada de errado com aqueles que não
gostam de política, simplesmente serão
governados por aqueles gostam.
Platão


Esta semana foi a vez do TRE/RS e a Assembleia Legislativa lançarem uma campanha de incentivo ao voto aos 16 anos intitulada “16 anos: Uma idade inesquecível. No lançamento o depoimento do jovem Bruno Cipele, chamou a atenção. Ele completou 16 anos no dia e foi até o local acompanhado da avó Sarita Pargendler, que trabalhou 23 anos no TRE. — Desde cedo acho importante participar das escolhas do país. Sou de uma geração que cresceu vendo corrupção. A gente tem a motivação de tentar mudar o que está errado — explicou Bruno. Conforme publicou O ClicRBS.


Depoimentos como o de Bruno, mostram um dos motivos pelo descrédito na política, a Corrupção, porem, o seu depoimento aponta para uma das formas de modificar essa realidade: Participar. Jovens como a minha Renatinha, o Bruno e tantos outros, que mesmo diante de um quadro desmotivador, preferem participar e não se omitir, nos faz crer, que em um tempo, não muito distante, a democracia possa ser exercida como uma celebração de uma sociedade cidadã, comprometida com os interesses de todos e não com os interesses egoístas de indivíduos e grupos.
E você? Vai completar 16 anos até o dia 07 de outubro de 2012? Já fez seu título?   

Faça como a Renata! 
Vá até um Cartório Eleitoral e faça valer a sua opinião!



A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais.
Platão


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ei Fortunati, segue o Exemplo da Dilma e do Tarso!

O Governador Tarso Genro e a Presidenta Dilma, determinaram que os detentores de cargos em seus governos, que pretendem participar das eleições deste ano, como candidatos, deveriam deixar suas funções ainda no começo do ano.

Considero a decisão de ambos, muito acertada, pois há muito trabalho por se fazer no governo e é importante que todos estejam “focados” no trabalho, além do que, fica ruim fazer modificações no meio do ano, é bom fazer isso agora durante o período de férias; Por último, garante que a máquina pública não seja usada eleitoralmente pelos candidatos e seus partidos políticos.

Aqui no Rio Grande do Sul, o Secretário Beto Albuquerque, cumpriu a orientação do governador, o que considero acertado e demonstra seu compromisso com o governo e com a boa administração do patrimônio público. Eu mesmo acabo de deixar as funções que exercia na SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura e Logística do RS) desde o ano passado. Como sou pré-candidato a uma vaga na nominata do PSB para concorrer a vereador em Porto Alegre, em comum acordo com a orientação do Secretário Beto Albuquerque, deixei minhas funções.

Nós não somos donos destes cargos, erra quem pensa assim, os cargos são missões que recebemos, para servir a população e o governo em que acreditamos. Políticos sérios, não se apegam a cargos e estão prontos para deixá-los, desde o primeiro dia em que entram. Vamos lá, cumprimos nossa missão e saímos. Quem quer estabilidade, deve fazer concurso público. Na SEINFRA todos os três companheiros que se enquadravam nos critérios da orientação do governo, tiveram que se afastar: Eu e os companheiros Geraldinho (Pré-candidato a Prefeito em Viamão) e o Vanderlan Vasconcelos (Pré-candidato a Prefeito de Esteio).

Dizem que alguns pré-candidatos, de outros partidos, não estão seguindo a orientação do governador, usando da artimanha de que “não têm certeza” se serão, ou não, candidatos. Quem me conhece sabe que não gosto de hipocrisia e que abomino esse tipo de prática, pois se pretendem ser candidatos, e para merecerem o voto das pessoas, têm de aprender, desde sempre, a cumprirem orientações, e não ficarem fazendo “malandragens”. Quem age assim não merece o voto do eleitor.

Acho até que o Prefeito José Fortunati, e todos os demais Prefeitos, deveriam fazer o mesmo e solicitar o afastamento dos detentores de cargos públicos que pretendem se candidatar, isso evitaria que utilizassem da máquina pública para benefício próprio e eleitoreiro. Nossa população está cansada dessas práticas lesivas aos cofres públicos.

Se hoje, grande parte da população está descontente com a política, muito se deve por ver aquilo que é público, que a todos pertence, ser usado de forma leviana, por políticos, que só pensam em seus próprios interesses, e utilizam-se daquilo que é de todos nós, para aferir proveito próprio e de manutenção de seu "estatus quo".

Para que a democracia seja exercida de forma correta, é preciso que todos aprendam a tratar com respeito à “coisa pública”. Pessoas “apegadas” a cargos, e que “alicerçam” suas carreiras políticas neles, acabam fazendo qualquer negócio para se manter onde estão, e para isso, muitas vezes renunciam aos seus valores pessoais, a sua dignidade, e o respeito ao bom uso do patrimônio público.

Espero que o Prefeito José Fortunati, faça uma demonstração de que respeita o povo de Porto Alegre, e determine que os pré-candidatos a Vereador, que estão ocupando CC’S na Prefeitura, deixem suas funções para evitar a utilização da máquina pública como instrumento de campanha eleitoral, seguindo o bom exemplo dado pelo Governador Tarso Genro e a Presidenta Dilma Rousseff. 

Por último, agradeço a confiança do Secretário Beto Albuquerque, que me proporcionou a oportunidade de fazer parte da sua equipe, a frente de uma das mais importantes secretarias do Estado do Rio Grande do Sul.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

VOTO AOS 16 ANOS

Este ano teremos eleições. O povo vai às urnas para eleger os Prefeitos municipais e os Vereadores. Na democracia, o direito ao voto é a nossa principal “arma”, com ela, podemos conceder um mandato àqueles que acreditamos serem os melhores para representar a nossa opinião no parlamento e no executivo. Vejam bem: O político representa a nossa forma de pensar. Somos nós que decidimos quem VAI ou NÃO, ocupar uma função pública em nosso nome. EU escolho, EU voto, EU me responsabilizo pela escolha.

Quando ficamos descontentes com o comportamento daqueles que elegemos, temos a oportunidade, de corrigir nosso erro, nas próximas eleições. Como? Primeiro NÃO votando nele novamente. Segundo: Escolhendo outro candidato.  Sim, pois se ficamos desiludidos, indignados, e optamos por votos nulos e brancos, acabamos não corrigindo, pois nossa omissão, muitas vezes ajuda àqueles que nos decepcionaram, pois se o voto não vai outro candidato, ele acaba se reelegendo. O maior castigo para o mau político é fazer menos votos do que na eleição anterior, e ver outro político, principalmente novo, ocupar o seu lugar.

Sempre valorizei o meu voto, e fiz questão de escolher bem. Sinto-me recompensado pelo capricho, pois, quase não tive decepções com meus votos, nas vezes que consegui ver meus candidatos eleitos.

Essa foto, da minha filha Renata, enviei para o Presidente Lula, com um pedido: "Espero que você não me envergonhe, perante minha filha, por este gesto. Que ela possa se orgulhar de ter participado comigo deste momento histórico"
Tempos depois recebi uma carta, do então Presidente da República, LULA, que terminava assim: "Mais uma vez, agradeço a você e faço um convite para que continue acreditando e participando cada vez mais da construção do país que todos sonhamos" - Lula. Não me envergonhei de meu voto e continuo acreditando e participando da construção de um país melhor.
Este ano, minha filha caçula, Renata, completa 16 anos e votará pela primeira vez em seu próprio nome. Ela sempre me acompanhou nas votações. Quando pequenas, as minhas três filhas iam comigo votar, devidamente trajadas e decoradas com a propaganda de meus candidatos. Criança adora essa festa da democracia que é a eleição. Eu mesmo guardo a lembrança das eleições de 1978, quando criança, que eu corria pelo bairro, catando santinho para minha coleção. O nosso candidato tem de nos orgulhar e não pode envergonhar nossos filhos.

Quando jovem, no movimento estudantil, lutei pela aprovação da emenda constitucional que garantiu o voto aos 16 anos. A emenda é de autoria do Ex-Deputado Federal Hermes Zanetti (Que se filiou a poucos meses no PSB). Zanetti foi Presidente do CPERS e é uma importante liderança gaúcha. Nossa geração conquistou muitas coisas e o voto aos 16 anos é uma das conquistas de relevância. Vínhamos de um período de limitada democracia, de eleições indiretas para Presidente da República (A primeira eleição direta para Presidente, após a ditadura, aconteceu em 1989, já com o direito de voto aos 16 anos) e poder soltar o grito que estava preso em nossa garganta era o que nossa juventude almejava. Essa luta, da qual participei ativamente, é o que concede a minha filha Renata, e outros milhares de jovens, o direito cidadão de escolher, de forma democrática, os seus representantes.

Ato de Filiação do Ex-Deputado Federal HERMES ZANETTI , autor da lei do Voto aos 16 anos, ao PSB. 
Porto Alegre - 18 de dezembro de 2011
Foto: Deputado Beto Albuquerque, Hermes Zanetti e Beto Grill, Vice-Governador do RS
O voto é o coroamento da democracia, é o momento onde somos todos iguais, onde cada cidadão tem direito a um único voto, o seu voto, e o concede a quem desejar. Minha filha vai às urnas em pé de igualdade comigo, seu voto valerá o mesmo que o meu, pois o voto não discrimina religião, sexo, raça, classe social. Ela poderá decidir uma eleição com seu voto. Sim, pois a diferença de um voto pode decidir uma eleição, um candidato pode perder, ou ganhar, uma eleição, por um voto de diferença, portanto, jamais devemos subestimar o valor deste direito legítimo que conquistamos. 

Estou feliz, pois este ano todas as minhas filhas estarão votando e contribuindo pela consolidação da democracia. Espero que àqueles que têm direito ao voto, o valorizem, comparecendo as urnas e escolhendo um candidato de sua confiança. Escolha! Não tenha medo de errar. Acredite! Confie! Acompanhe o processo eleitoral, debata os problemas da cidade com seus familiares, colegas e amigos. Converse com os candidatos, ouça suas opiniões e as motivações que o levaram a se candidatar. E se não for pedir demais, não troque seu voto por dinheiro, ou qualquer outro “presentinho”, não acredite em promessas absurdas, pois lembre-se: Você está concedendo o direito desta pessoa te representar pelos próximos quatro anos, tomar decisões, administrar aquilo que é de todos nós. Mas, o importante, é que você mesmo decide, conforme sua própria consciência, seus valores e crenças, pois esse é o seu direito, legítimo, concedido pela DEMOCRACIA.